sábado, 25 de agosto de 2012

Apresentação


Parte do Planejamento de Curso da disciplina de Historiografia, do quarto ano do Curso de História da UENP, campus Jacarezinho, no ano de 2012, a sala de aula constituiu-se num laboratório de discussão e de promoção de abordagens do tema “História Cultural”. Esse blog divulga essa experiência. A ideia é a promoção de uma metodologia que fosse capaz de envolver os alunos em leituras e práticas, para além da dicotomia. As pesquisas que desenvolvem, orientadas em seus investimentos conceituais e teóricos, em seus procedimentos metodológicos, e em seus mais variados objetos de investigação. Uma prática que sugira reflexão partilhada a partir da articulação de dois eixos, a História Cultural e o Ensino de História. História Cultural que, enquanto vertente da historiografia, encontra-se amplamente reconhecida nos centros acadêmicos, possibilitando o alargamento dos horizontes da reflexão histórica e o Ensino de História, campo próprio de investigação, mas razão de ser de nossos licenciados. De outro modo, o objetivo do Projeto é criar um espaço e momento em que a reflexão no plano da teoria e empiria permita o fomento de novos olhares e desenhos de pesquisa e ensino, bem como novos caminhos de ação escolar.

Professor Me. Marcio Luiz Carreri

Blog desenvolvido por Fernanda Ferreira Fernandes.

TEMAS DOS TRABALHOS:

IMPRENSA: A CULTURA A SERVIÇO DA UNIDADE NACIONAL
O OLHAR DA IMPRENSA SOBRE A MARCHA DOS CEM MIL
PSICANÁLISE E NAZISMO: PROPAGANDA E MEMÓRIAS
* ASPECTOS DA TRASFORMAÇÃO DO CAPITAL E DO TRABALHO NO BRASIL COLONIAL NO FINAL DO SÉCULO XX
* AS HISTÓRIAS DA COLONIZAÇÃO PORTUGUESA E ESPANHOLA
TRABALHANDO HISTÓRIA E LITERATURA A PARTIR DA SEMANA DE ARTE MODERNA DE 1922
HISTÓRIA E CORPO: ESTUDO SOBRE SEXUALIDADE E PLURALIDADE CULTURAL NAS DÉCADAS DE 1960 E 1970 A PARTIR DOS TEMAS TRANSVERSAIS
TORTURA NA DITADURA CIVIL-MILITAR
HISTÓRIA INTELECTUAL E ILUMINISMO: UMA DISCUSSÃO SOBRE SOCIEDADE, RELIGIÃO E POLÍTICA ATRAVÉS DE ROUSSEAU, VOLTAIRE E MONTESQUIEU
A PRÉ-HISTÓRIA A PARTIR DO FILME “A GUERRA DO FOGO”
* OS TRABALHADORES NA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
* A SEMANA DE ARTE MODERNA DE 22
A Pré-História a partir do filme “A Guerra do Fogo”

   O plano proposto será inserido na disciplina de História do 1° ano do Ensino Médio na Escola Estadual Eric J. Hobsbawm. Dessa forma o tema refere-se ao período primitivo chamado de Pré-História, o qual também utilizaremos alguns aspectos do filme “A Guerra do Fogo” de Jean Jacques Annaud como objeto de discussão. Este tema ira deslocar-se em quatro etapas e sobre a perspectiva da História do Corpo, que nos mostrará alguns significados da arte, cultura e símbolos do período que estará sendo trabalhado.
   A partir do século XX a historiografia sofre mudanças em suas abordagens principalmente após o evento dos Annales que passa a delegar novas dimensões à história antes não vistas pelos historiadores ou responsáveis pela produção em história. Em meados este século os historiadores e estudioso da história e da cultural puderam perceber a importância do corpo na concepção do mundo como vivemos, 
“Nosso século apagou a linha divisória do ‘corpo e do ‘espírito’ e encara a vida humana como espiritual e corpórea de ponta a ponta, sempre apoiada sobre o corpo[..]. Para muitos pensadores, no final do século XIX, o corpo era um pedaço de matéria, u feixe de mecanismos. O Século XX restaurou e aprofundou a questão da carne, isto é, do corpo animado”(MERLEAU-PONTY, M. apud CORBIN, A. et all. 2008. P. 7).

   Este reconhecimento do corpo no âmbito da cultura dos povos se dá principalmente por influência de três vertentes mais distinguíveis segundo Jean-Jacques Courtine em sua introdução à História do Corpo, a primeira delas pela psicanálise influenciada por Freud e a idéia de que o inconsciente fala através do corpo, o que atribuiu ao corpo um lugar na constituição do sujeito. O segundo é a ideia de que o corpo é o “berço original” de toda significação e conduziu a concepção do corpo com “encarnação da consciência” seunndo Maurice Merleau-Ponty e seu desdobramento como “pivô do mundo”. A terceira fase desta descoberta do corpo emergiu da antropologia, quando Marceu 
Mauss se atentou às maneiras como os homens, sociedade por sociedades sabem servir do seu corpo, “técnica corporal”.
   Com a Nova História Cultural, influenciado por estes que pensaram o corpo diferente da ideia de matéria, mas também o corpo como elemento da cultura e da constituição da sociedade passa a ser desenvolvida então historiografia a partir do corpo como objeto de análise da mesma, tem em Foucault também no a preocupação de entender os poderes exercidos pelo corpo na sociedade, os gestos, símbolos, a intimidade a sexualidade são agora caminho a ser trilhado em busca da construção do conhecimento histórico.
   No primeiro momento iremos abordar o período da Pré-história analisando alguns aspectos do filme “A Guerra do Fogo” para entender qual ou quais as primeiras manifestações culturais que se estabelecerão através dos símbolos representados pelas manifestações do corpo e seus significados que nos deu a herança da escrita e linguagem. No segundo momento, iremos abordar os aspectos culturais da sexualidade primitiva representados pela Estatua da Vênus de Willendorf (25.000 a 20.000 a.C) a escultura mais antiga que se tem conhecimento) e que tal influência a imagem de Vênus causou diante dos séculos, da mesma forma que os tempos mudam, os homens também mudam diante do seu tempo. Será que as mulheres e homens tem a mesma perspectiva de apenas 25.000 a.C ? Então dessa forma tentaremos estabelecer as transformações que se deu a respeito do corpo.
   Na terceira etapa deste trabalho, iremos abordar algumas imagens feitas pelos povos antigos da Pré-história (pinturas rupestre: imagens gravadas em rochedos), e dessa forma entender suas representações. Também será interessante a abordagem de gravuras que permanecem nos dias de hoje em Cavernas que são preservadas por Órgãos interessados em manter o pouco da herança cultural que os povos antigos nos deixaram, sendo importante ressaltar que ainda existem povos na África que cultuam heranças antigas.
   Na quarta e ultima etapa deste trabalho, vamos abordar a linguagem e gestos representados na forma corporal pelos povos primitivos, dando ênfase ao filme “A guerra do fogo”, na qual se encontra dois grupos de hominídeos que disputam a posse pelo fogo e território, através de gritos e grunhidos e claro a força física. Era essa comunicação vocálica utilizada pelos primitivos para se expressarem, sendo a primeira manifestação de linguagem exercida por esses povos.
   Por fim, nos tempos modernos as pessoas agem como antigamente? Será que nosso forma de viver não continua sendo primitiva no dia-dia, só que em aspectos diferentes, como exemplo existem os muitos grupos que vivem nas “grandes cidades” e que disputam por uma vaga nos postos de saúde, ou nos acentos de ônibus, até nas salas de reuniões de políticos encontramos cenas que nos reverte ao ser primitivo. Assim nos encontraremos a alguns mil anos antes de cristo.

Trabalho apresentado pelos acadêmicos: Fábio Leite da Silva e Leandro Rodrigues da Silva
Trabalho completo: http://www.4shared.com/office/TkIh6hEK/A_pr_histria_a_partir_do_filme.html?

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

OS TRABALHADORES NA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
    O presente trabalho é referente a quatro aulas na disciplina de História, que será aplicado no Colégio Estadual Mundo Novo- EFM - Siqueira Campos - PR com o 2º ano do ensino médio tendo com foco discutir Os Trabalhadores na Revolução Industrial, onde ocorreram grandes transformações na sociedade no mundo do trabalho. A Revolução Industrial teve seu início na Inglaterra no século XVIII. Ela constitui num dos capítulos mais importantes da história da humanidade. É o processo de transição do mundo ocidental dos camponeses, artesões e aristocratas para o mundo burguês, operário e capitalista, tendo como pioneiro a Inglaterra, devido o seu acumulo de capital. Com a era da tecnologia houve grandes transformações, o surgimento das grandes máquinas fez com os trabalhadores deixa-se o meio de produção artesanal e passa para maquino fatura, e mais tarde os automóveis.
    Para a elaboração deste trabalho utilizaremos o filme Tempos Modernos, de Charles Chaplin, onde mostra todo o processo da Revolução Industrial, onde pretendemos fazer um paralelo e uma reflexão com os alunos a respeito do tema exposto.
   A obra do Inglês Chaplin (1889-1977), nome original Modern Times; direção Charles Chaplin; assistentes; Carter de Haven e Hery Bergman, cenografia; Charles D. Hall e Russel Spencer; música composta por Charles, sob arranjo de Alfred Newman, Edward Powell e David Raksin; atores principais Charles Chaplin (um operário) e Paullete Goddard (a jovem). Tempos Moderno é um filme, onde apenas podem-se ouvir os ruídos das máquinas, mostrando o símbolo da tecnologia e da desumanização. Este filme pode sugerir alguns caminhos para a análise e possível desenvolvimento com os alunos de história acerca da temática escolhida.
   Trata-se de uma sátira bem-humorada a vários aspectos dos “tempos modernos”, o nosso tempo do capital.
   Os trabalhadores na Revolução Industrial podem destacar sobre o surgimento das máquinas e nos avanços tecnológicos onde ocorreram alterações no cotidiano dos trabalhadores, assim houve o grande inchaço nas cidades devido à procura de emprego nas fábricas, as condições de emprego dos trabalhadores eram péssimas, não tinham nenhuma garantia de segurança. Vivia em situações deploráveis aonde a jornada de trabalho chegava mais de 16 horas, mulheres e crianças trabalhavam por baixíssimos salários.
   Para os trabalhadores garantir alguma estabilidade houve a organização de trabalhadores e os movimentos operários que seria as revoltas contra as máquinas, que deram forma a criação de sindicatos que garantiu certos resultados para os trabalhadores.
    Sem dúvida a indústria da Inglaterra trouxe, ao longo do tempo, benefícios para toda a sociedade. Mas também acabou gerando sofrimento para os trabalhadores, até mesmo pela ausência de leis que colocassem limites à cobiça dos patrões.
   Foi através de muitas lutas que os trabalhadores conseguiram garantir uma estabilidade de emprego.
Trabalho apresentado pelas acadêmicas: Lorena de Lurdes Andrade, Luana Patrícia dos Santos, Silmari Cristina da Silva Santos e Taís Cristina de Paiva
Trabalho completo: http://www.4shared.com/office/I6JFAKsT/Revoluo_Industrial.html?